SP: (11) 91567-8277 | GRU: (11) 2464-9312 São Paulo: Rua Correia Dias, 184, conjunto 91, Paraíso – SP | Guarulhos: Av. Tiradentes 1637

GLAUCOMA

Entenda o glaucoma: causa de cegueira irreversível

O glaucoma é uma condição ocular crônica que afeta o nervo óptico, essencial para transmitir as imagens que vemos ao cérebro. Se não tratado, pode levar à cegueira irreversível. Essa doença é insidiosa, muitas vezes desenvolvendo-se lentamente ao longo de anos sem causar sintomas iniciais evidentes. Portanto, compreender os fatores de risco, os diferentes tipos de glaucoma e as opções de tratamento é fundamental para a detecção precoce e o controle eficaz da doença.

O que causa o glaucoma?

A elevação da pressão intraocular danifica gradualmente o nervo óptico, o que causa o glaucoma. Essa condição frequentemente não apresenta sintomas até que haja alteração na visão periférica. Desse modo, o glaucoma pode progredir sem causar dor ou desconforto, e frequentemente só se torna evidente quando a perda de visão é significativa.

Para diagnosticar essa doença, o oftalmologista faz a medição da pressão intraocular e realiza um exame do nervo óptico. Infelizmente, o dano ao nervo óptico é irreversível, tornando o diagnóstico precoce e o tratamento contínuo essenciais para preservar a visão. Portanto, é vital realizar exames regulares para identificar a doença precocemente.

Fatores de risco

A predisposição genética é um dos principais fatores de risco para o glaucoma. Além desse, outros fatores são:

  • Idade: a partir dos 40 anos, o risco aumenta significativamente.
  • Etnia: indivíduos de etnia africana ou asiática têm maior probabilidade de desenvolver diferentes tipos de glaucoma.
  • Condições de saúde: diabetes, alta miopia e histórico de trauma ocular.
  • Histórico familiar: cerca de 6% dos pacientes têm um histórico familiar de glaucoma.
  • Uso de medicamentos: corticoides podem contribuir para o desenvolvimento do glaucoma secundário.

 

Tipos de glaucoma

O glaucoma pode ser de quatro tipos: primário de ângulo aberto, de ângulo fechado, congênito e secundário. Desse modo, conheça as principais características de cada tipo:

  1. Glaucoma primário de ângulo aberto: o tipo mais comum, que afeta 80% dos casos, geralmente evolui lentamente e sem sintomas iniciais perceptíveis.
  2. Glaucoma de ângulo fechado: caracteriza-se por um aumento súbito da pressão ocular, causando dor intensa e visão turva. Pode ser uma emergência médica.
  3. Glaucoma congênito: acomete bebês e ocorre devido a um erro na formação do sistema de drenagem ocular. Ademais, seus sinais são um olho grande e lacrimejamento excessivo.
  4. Glaucoma secundário: resulta de outras condições ou traumas, como uso de corticoides e diabetes, por exemplo.

 

Tratamento

Embora o glaucoma não tenha cura, ele pode ser controlado por meio de várias abordagens. Assim, o tratamento geralmente começa com colírios, que ajudam a reduzir a pressão intraocular e devem ser aplicados regularmente. Em alguns casos, tratamentos a laser, como a trabeculoplastia seletiva a laser, podem ser recomendados para reduzir a pressão ocular por algum tempo.

Para casos mais graves, cirurgias podem ser necessárias, como a trabeculectomia ou implante de tubo de drenagem. Apesar de alguns pacientes optarem por esses procedimentos, é importante lembrar que mesmo após tratamentos a laser ou cirúrgicos o acompanhamento contínuo com o oftalmologista é essencial, pois a pressão ocular pode voltar a subir com o tempo e o tratamento pode precisar ser ajustado.

A Importância do diagnóstico precoce

A detecção precoce do glaucoma é muito importante para controlar a doença e evitar a perda de visão. O tratamento, geralmente, é mais simples e o controle é mais fácil nas fases iniciais da doença.

Como evolui de forma assintomática, as visitas regulares ao oftalmologista são fundamentais para evitar o agravamento dessa condição, especialmente para pessoas dos grupos de risco. Por isso, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) recomendam que todos os brasileiros agendem uma consulta oftalmológica uma vez ao ano.

De acordo com a publicação “Condições de Saúde Ocular 2019”, elaborada pelo CBO, de 2% a 3% da população brasileira acima de 40 anos possui a doença. O número representa aproximadamente 1,5 milhão de pessoas. Ademais, segundo projeções da Associação Internacional de Prevenção da Cegueira (The International Agency for the Prevention of Blindness – IAPB), o total de pacientes com glaucoma em todo o mundo chegará a 111,8 milhões em 2040.

Portanto, é fundamental a adoção de medidas que ampliem o conhecimento sobre glaucoma junto à população e que promovam o diagnóstico precoce, especialmente entre o grupo de risco. Dessa forma, lembre-se: se notar qualquer um dos sintomas citados neste artigo, é muito importante que procure a orientação de um especialista.